Como citei na apresentação do blog posto o primeiro texto a respeito da reflexão a cerca do Sagrado da Arte para podermos partilhar...
"Não só no âmbito da igreja católica, mas também no mundo “evangélico”, muitas vozes se erguem para questionar a moda musical que invade os templos, ecoa pelas gravadoras e se aninha nos meandros dos headphones e dos MP3. Será que essa musica ainda é propriamente cristã? Ou é apenas música consumida por cristãos.
Em janeiro de 2008, na prestigiosa revista “Ultimato”, um especialista afirmava “Parei de ouvir música cristã”. Esta voz categórica pertence a Mark Carpenter, diretor-presidente da Editora Mundo Cristão, com um diploma de mestre em letras modernas pela USP. Mesmo admitindo que existem cristãos fazendo boa música, Carpenter questiona exatamente a moda dominante, a imitação dos gêneros de consumo popular, a baixa criatividade da composição e – o mais importante! – o conteúdo pretensamente cristão de suas mensagens. “É como se a indústria cristã tivesse determinado que o que vale é o conteúdo da letra: desde que ela contenha certos chavões, frases ou narrativas evangelísticas – além de um estilo bacana apreciado pelo mercado-alvo-, é desnecessária a busca da verdadeira expressão artística”. De passagem, não importa muito se o caos produzido pelos bateristas torna absolutamente impossível ouvir o conteúdo das letras.
Mas eu teria algo mais a passar pela peneira: o clima “meloso” de grande parte das composições “cristãs”, ao expressar um tipo de sentimentalismo amorudo que se aplicaria perfeitamente a qualquer namorado ou namorada. Alias, lembro-me bem de uma entrevista com o Pe. Jonas Abib, na TV Canção Nova, quando ele afirmava a necessidade de deixar bem claro e bem definido a quem se refere o artista, quando fala de seu “amor”: se é amor a Deus ou a alguém humano. Pe. Jonas ainda teve o cuidado de observar que não há nenhum mal – pelo contrário – em cantar o amor humano. O que não fica bem é o clima de ambigüidade nas composições ditas “cristãs”.
Mais recentemente, foi a vez do jornalista Nelson Motta [em “O Globo”, 15/05/09] comentar o sucesso dos padres cantores como campeões de venda de CD´s, ao lado da cantora evangélica Aline Barros, que só perde em números para a pop star Ivete Sangalo. Segundo Motta, “no mundo da Black music se diz, brincando, que não há diferença entre o gospel [música religiosa cristã] e o soul romântico [profano]: basta você trocar o “He”, do Senhor, pelo “She” do grande amor: música e letra continuam encaixando”...
Então, é isso... Trocamos o Ele de Deus pelo Ela da bem-amada, e tudo vem a dar na mesma?! Mera questão pronominal? Pois o povo bom não cai nessa! Nas celebrações das comunidades do interior, as músicas mais cantadas são aquelas que tem um pronome “TU”:
- “TU te abeiraste da praia...”
- O Pão da vida és TU, Jesus, o Pão do Céus...”
Com este pronome, o povo se dirige a Deus, entra em comunhão com Ele e partilha suas dores e trabalhos. E jamais confundirão o Crucificado com a namoradinha. O mesmo não se pode dizer de letras “religiosas” como estas (sem citar a autoria para não parecer algo pessoal):
- “Amante, o coração cruzou a ponte / Tornou-se vértice o horizonte / E o antes distante ficou logo ali / Amor, amado e amante / Trindade humana que se curva aos céus...”
- “Fecho os olhos para poder passar / Para imaginar você na minha vida / Estrela fugida eu / Vou te encontrar... / Desejo ter você / Desejo ter você comigo / Minha paz / Pois tudo do teu lado é mais bonito / Minha casa, meu refúgio, meu abrigo...”
- “Vem outro coração / Olha em meus olhos / Me convence que não é o fim... / Chora meu coração / Quem foi que disse que chorar te tornará menor / a dor que agora choras ou tarde florirá...”
- “Tanta coisa eu tinha pra falar / Até que descobri enfim, não vale a pena / Fiz tudo por você / Não ganhei nada pode ver / O amor sentenciou e a dor é minha pena...”
Alguém, observador, há de perguntar: - “E por que as gravadoras subitamente começaram a se interessar pela produção musical cristã? Por que decidiram investir nesse filão?” A resposta é clara: todo o repertório da música profana já tem dono. Algumas gigantes do setor [como a Universal Music, ex-MCA, Warner, EMI, Sony etc.] já tem nas mãos gulosas os direitos comerciais e copyrights de tudo que se toca no rádio e na TV, sem excluir a produção de Elvis, dos Beatles e outros campeões da música. Neste inicio de século, a única fatia do mercado que ainda não tem dono é a música “religiosa”. Por isso mesmo, torna-se o alvo preferencial da ganância das gravadoras que, aliás, passam por grandes dificuldades e prejuízos com a pirataria musical e a nova possibilidade de fazer “download” das gravações via Internet.
Vai longe o tempo em que algumas raras vozes cantavam mensagens cristãs para falar de uma autêntica experiência pessoal com Deus. Nelson Motta lembrou o Al Green dos anos 70, a freira Dominique dos anos 60, o Padre José Mojica dos anos 50. Agora, porém, virou moda. Cantar Jesus dá dinheiro.
Gostaria de saber o que Ele pensa de tudo isso..."
Fonte: Jornal: O Lutador – Matéria de Antonio Carlos Santini
Devemos refletir qual a verdadeira inspiração de nossas canções...
Misericórdia, Unidade e Paz!
"Não só no âmbito da igreja católica, mas também no mundo “evangélico”, muitas vozes se erguem para questionar a moda musical que invade os templos, ecoa pelas gravadoras e se aninha nos meandros dos headphones e dos MP3. Será que essa musica ainda é propriamente cristã? Ou é apenas música consumida por cristãos.
Em janeiro de 2008, na prestigiosa revista “Ultimato”, um especialista afirmava “Parei de ouvir música cristã”. Esta voz categórica pertence a Mark Carpenter, diretor-presidente da Editora Mundo Cristão, com um diploma de mestre em letras modernas pela USP. Mesmo admitindo que existem cristãos fazendo boa música, Carpenter questiona exatamente a moda dominante, a imitação dos gêneros de consumo popular, a baixa criatividade da composição e – o mais importante! – o conteúdo pretensamente cristão de suas mensagens. “É como se a indústria cristã tivesse determinado que o que vale é o conteúdo da letra: desde que ela contenha certos chavões, frases ou narrativas evangelísticas – além de um estilo bacana apreciado pelo mercado-alvo-, é desnecessária a busca da verdadeira expressão artística”. De passagem, não importa muito se o caos produzido pelos bateristas torna absolutamente impossível ouvir o conteúdo das letras.
Mas eu teria algo mais a passar pela peneira: o clima “meloso” de grande parte das composições “cristãs”, ao expressar um tipo de sentimentalismo amorudo que se aplicaria perfeitamente a qualquer namorado ou namorada. Alias, lembro-me bem de uma entrevista com o Pe. Jonas Abib, na TV Canção Nova, quando ele afirmava a necessidade de deixar bem claro e bem definido a quem se refere o artista, quando fala de seu “amor”: se é amor a Deus ou a alguém humano. Pe. Jonas ainda teve o cuidado de observar que não há nenhum mal – pelo contrário – em cantar o amor humano. O que não fica bem é o clima de ambigüidade nas composições ditas “cristãs”.
Mais recentemente, foi a vez do jornalista Nelson Motta [em “O Globo”, 15/05/09] comentar o sucesso dos padres cantores como campeões de venda de CD´s, ao lado da cantora evangélica Aline Barros, que só perde em números para a pop star Ivete Sangalo. Segundo Motta, “no mundo da Black music se diz, brincando, que não há diferença entre o gospel [música religiosa cristã] e o soul romântico [profano]: basta você trocar o “He”, do Senhor, pelo “She” do grande amor: música e letra continuam encaixando”...
Então, é isso... Trocamos o Ele de Deus pelo Ela da bem-amada, e tudo vem a dar na mesma?! Mera questão pronominal? Pois o povo bom não cai nessa! Nas celebrações das comunidades do interior, as músicas mais cantadas são aquelas que tem um pronome “TU”:
- “TU te abeiraste da praia...”
- O Pão da vida és TU, Jesus, o Pão do Céus...”
Com este pronome, o povo se dirige a Deus, entra em comunhão com Ele e partilha suas dores e trabalhos. E jamais confundirão o Crucificado com a namoradinha. O mesmo não se pode dizer de letras “religiosas” como estas (sem citar a autoria para não parecer algo pessoal):
- “Amante, o coração cruzou a ponte / Tornou-se vértice o horizonte / E o antes distante ficou logo ali / Amor, amado e amante / Trindade humana que se curva aos céus...”
- “Fecho os olhos para poder passar / Para imaginar você na minha vida / Estrela fugida eu / Vou te encontrar... / Desejo ter você / Desejo ter você comigo / Minha paz / Pois tudo do teu lado é mais bonito / Minha casa, meu refúgio, meu abrigo...”
- “Vem outro coração / Olha em meus olhos / Me convence que não é o fim... / Chora meu coração / Quem foi que disse que chorar te tornará menor / a dor que agora choras ou tarde florirá...”
- “Tanta coisa eu tinha pra falar / Até que descobri enfim, não vale a pena / Fiz tudo por você / Não ganhei nada pode ver / O amor sentenciou e a dor é minha pena...”
Alguém, observador, há de perguntar: - “E por que as gravadoras subitamente começaram a se interessar pela produção musical cristã? Por que decidiram investir nesse filão?” A resposta é clara: todo o repertório da música profana já tem dono. Algumas gigantes do setor [como a Universal Music, ex-MCA, Warner, EMI, Sony etc.] já tem nas mãos gulosas os direitos comerciais e copyrights de tudo que se toca no rádio e na TV, sem excluir a produção de Elvis, dos Beatles e outros campeões da música. Neste inicio de século, a única fatia do mercado que ainda não tem dono é a música “religiosa”. Por isso mesmo, torna-se o alvo preferencial da ganância das gravadoras que, aliás, passam por grandes dificuldades e prejuízos com a pirataria musical e a nova possibilidade de fazer “download” das gravações via Internet.
Vai longe o tempo em que algumas raras vozes cantavam mensagens cristãs para falar de uma autêntica experiência pessoal com Deus. Nelson Motta lembrou o Al Green dos anos 70, a freira Dominique dos anos 60, o Padre José Mojica dos anos 50. Agora, porém, virou moda. Cantar Jesus dá dinheiro.
Gostaria de saber o que Ele pensa de tudo isso..."
Fonte: Jornal: O Lutador – Matéria de Antonio Carlos Santini
Devemos refletir qual a verdadeira inspiração de nossas canções...
Misericórdia, Unidade e Paz!
Olá meus queridos irmãos vim falar da importancia da musica cristã...
ResponderExcluirA musica Cristã no meu ponto de vista representa um hino de louvor ao nosso DEUS como um salmo cantado mostrando o seu agradecimento ao pai e ao mesmo tempo uma aproximidade de misericórdia e compaixão,devo dizer q DEUS me deu um grande presente não só de entender como cantar ,mais sim, tocar,tenho o meu violão e o resolvi dedicar só à ele ehj sou renovada por DEUS...Q A PAZ DE CRISTO ESTEJAM CONOSCO!!!
Oi Gentes! A Paz do Senhor Jesus a todos!
ResponderExcluirOlha só a urgência que temos de que as pessoas compreendam essas coisas. Isso tudo também se aplica em o Porquê nós cantamos pra Deus.
A pessoa que canta pra Deus, naturalmente não tem desejo de fazer outra coisa, ou cantar pra outra pessoa que não seja pra Deus. Logo, se o que acontece conosco é o contrario, temos que nos questionar sim se não estamos servindo a dois senhores. Mesmo porque, não há objetivo de evangelização misturar as coisas. A Palavra de Deus é bem clara quando diz que cada um deve permanecer no estado em foi chamado. Concordo plenamente com o meu querido Padre Zezinho, que pra mim é um grande exemplo, Eu senti a dor do reino, eu senti a dor do reino.... Eu canto pra amenizar a dor de ver um reino a ser construido. O Reino de Deus. E cabe a mim, ajudar a construí-lo.
Beijos a todos os músicos e cantores do Reino de Deus.
Poly e Dinho! (ABBA PAI)